Estomatologia Teste

 

Entenda o papel dessa especialidade no diagnóstico, tratamento e reabilitação do paciente com câncer

Quando identificamos algum problema na boca, procuramos o dentista, certo? Certo. O que poucas pessoas sabem é que dentro da odontologia existem várias especialidades, cada uma responsável por uma questão específica e, entre elas, está a estomatologia. Os estomatologistas são especialistas no diagnóstico das doenças da boca. Eles são, por exemplo, os profissionais indicados para analisar e, se necessário, realizar biopsias das lesões da boca e dos ossos maxilares. Desta forma, são grandes aliados no diagnóstico precoce do câncer de boca.

O Dr. Fábio de Abreu Alves, Líder do Departamento de Estomatologia do A.C.Camargo Cancer Center, explica que identificado o câncer de boca o paciente será tratado por uma equipe multidisciplinar composta por cirurgiões de cabeça e pescoço, oncologistas clínicos e radioterapeutas. Contudo, o Estomatologista participa também no manejo dos efeitos colaterais que aparecem na boca do paciente em tratamento oncológico. "Eles acontecem principalmente em quem faz radioterapia na região da cabeça e pescoço, quimioterapia, iodoterapia (sialoadenites), além daqueles que fazem uso de algumas drogas específicas", diz.

Entre os principais efeitos encontrados na boca dos pacientes oncológicos estão: Mucosite -inflamação da parte interna da boca que pode levar à feridas na região; Xerostomia - sensação de boca seca; Osteorradionecrose - necrose óssea, mais comumente na mandíbula, causada pelo efeito da radioterapia; e Osteonecrose associada a medicamentos - necrose óssea na região do maxilar associada ao uso de medicamentos (principalmente por Bifosfonatos e Denosumabe). "Em todos os casos podemos atuar tanto preventivamente, quanto tratar o problema diretamente", afirma Fábio de Abreu Alves.

A atuação preventiva consiste em uma avaliação odontológica criteriosa antes de começar o tratamento. É avaliada a condição das gengivas e dos dentes e feito todo o tratamento necessário antes do início de um medicamento ou da radioterapia, por exemplo. "Consequentemente, os índices de necrose nesses pacientes é muito mais baixo quando comparado com aqueles que não fizeram essa avaliação odontológica", observa o especialista.

A equipe de estomatologia também atua na reabilitação do paciente. "Fazemos todo o tratamento odontológico, desde a parte periodontal, que envolve o cuidado com as gengivas, como a colocação de próteses e, se houver necessidade e indicação, os implantes", explica.

Tumores benignos - Além de dar todo o suporte no diagnóstico, tratamento e reabilitação dos pacientes com câncer de boca, a equipe (estomatologista e cirurgiões bucomaxilofaciais) ainda atua no tratamento de tumores benignos que aparecem na cavidade oral. O mais comum deles é chamado ameloblastoma, um tumor que, apesar de benigno, é localmente agressivo, sendo capaz de destruir a mandíbula, causando deformidades e perda dentária. Ele é mais comum em pacientes jovens, em torno dos 20 anos.


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