A história da fisioterapia pode ser explicada ao longo das décadas e até de séculos, quando os ancestrais dos seres humanos aplicavam fricção para diminuir um quadro doloroso, evoluindo para as técnicas atuais.[5] Admite-se que Hipócrates foi um dos primeiros a descrever e documentar tratamentos para a coluna vertebral, a qual não mudou muito até o final do século XIX.[6]
Desde a Grécia antiga, os indivíduos se interessavam por terapias pelo movimento como uma forma de tratar os doentes, assim como na China Antiga a cinesioterapia era utilizada extensivamente em doenças.[7][8] Durante a Idade Média, o corpo humano era tido como algo divino, pois se tinha a ideia de ser receptáculo da alma, e como tal, as pesquisas era quase que proibidas,[8] mudando essa visão a partir do Renascimento,[9] e reforçada com o advento da revolução Industrial no processo de reabilitar os trabalhadores acidentados.[7]
No século XIX, com a expansão da eletricidade, clínicas e espaços que usavam a eletroterapia começaram a se espalhar e popularizar, tanto para uso da psiquiatria quanto para o sistema orgânico do corpo, tais aplicações era elaboradas para se evitar o uso de medicamentos.[8] A história da Fisioterapia e de seus precursores se fundamentou em seis pilares: hidroterapia, exercícios terapêuticos, eletroterapia, termoterapia, fototerapia e massagem.[10]
A partir do século XX, a fisioterapia ganha um status de profissão a partir do momento em que as duas guerras mundiais deixam um alto número de pessoas com lesões e ferimentos graves que precisavam urgentemente ser inseridas na vida civil.[5] Nessa época, um dos principais expoentes de pesquisas e desenvolvimento de métodos fisioterapêuticos foram Cyriax, na Inglaterra, e o médico cirurgião alemão Rudolf Klapp, que em conjunto com as fisioterapeutas Blederbeck e Hess desenvolveram o método Klapp, na Alemanha.[9] Há também relatos de implementação da profissão na Suíça no período entre guerras.[11] Nos Estados Unidos, a fisioterapia tem seu registro mais antigo contado a partir de grandes eventos trágicos: a epidemia de poliomielite e a entrada do país na Primeira Guerra Mundial que trouxe de volta vários incapacitados.[12] Nesse país, foi criado a associação de fisioterapeutas, em 1921, e inicialmente não se admitiam homens na Associação, o que só aconteceu a partir da década de 30.[13] Devido à forte necessidade de novos profissionais, dado o contexto, o número de fisioterapeutas membros da Associação Americana de Fisioterapia passou de pouco mais de mil nos anos 30 para um total de mais de 8 mil profissionais na década de 50, aumentando os programas e escolas formadoras na mesma época de 16 para 39; e já na década de 60 eram 15 mil fisioterapeutas americanos em atividade em todo país.[9]
Na década de 1950 foi fundada em Londres, a World Confederation for Physical Therapy (WCPT), com a adesão de 13 países.[9] Ao longo do Século XX, a fisioterapia foi se desenvolvendo e ganhando escopo de profissão reconhecida e necessária, mesmo que muitos desafios ainda sejam colocados.[5]
A crescente colaboração internacional, o desenvolvimento nas técnicas de retreinamento muscular e as pesquisas realizadas por um crescente número de fisioterapeutas foram alguns dos fatores que ajudaram no estabelecimento da fundamentação moderna da fisioterapia,[10] a qual vem se firmando como essencial na prevenção e reabilitação de doenças
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